Desde o último sábado, 20 de setembro, entrou em vigor o período do vazio sanitário do algodão no Tocantins, que se estenderá até 20 de novembro. Estabelecida pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec), a medida tem como principal objetivo o controle do bicudo-do-algodoeiro, uma das pragas mais prejudiciais à cultura do algodão.
Durante esse período, fica proibido o cultivo e a manutenção de plantas vivas de algodão no campo, como forma de evitar a proliferação do inseto e proteger as lavouras para a safra. Em 2024/2025, o estado registrou um aumento de 58% na área cultivada, passando de 8,5 mil para 14,5 mil hectares, com destaque para os municípios de Campos Lindos, Dianópolis e Nova Rosalândia.
O responsável técnico pelo Programa Estadual de Controle do Bicudo-do-Algodoeiro da Adapec, Cleovan Barbosa, reforça que os cotonicultores precisam se atentar às normas durante este período. "O monitoramento das áreas onde houve cultivo de algodão será intensificado. Caso sejam encontradas plantas vivas, o produtor será notificado e deverá eliminá-las, seja de forma mecânica ou química. O não cumprimento das normas pode resultar em penalidades", alertou Barbosa.
O que é o bicudo-do-algodoeiro?
O bicudo-do-algodoeiro é uma praga que, em sua fase adulta, mede entre 3 mm e 7 mm e possui coloração cinza ou castanha. Ele ataca as lavouras desde a emissão dos botões florais até a colheita, podendo gerar de 4 a 6 gerações durante o ciclo da cultura. Se não controlado, o bicudo pode comprometer até 70% da produção de algodão.
A medida do vazio sanitário é fundamental para garantir a sanidade das lavouras de algodão no Tocantins e assegurar a competitividade do estado no mercado agropecuário.
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